Num poema, que transcrevemos abaixo, há algum sinal de esperança. Mas só o entenderá aquele que tiverolhos, coração e desejo de poeta. Aliás, já que as rosas não falam, podem escutar a linguagem da poesia.
Assim, nossos espinhos poderão ferir menos. E, quem sabe, aprenderemos a celebrar a vida brindando o amor. Ir à festa na certeza de que fomos convidados, escolhidos, amados e desejados...
(Inspirado no texto de São Mateus, capítulo 22, versículo do 1 ao 14)
Quem, de fato, é escolhido?
Religioso, ateu, pobre?
Onde serão acolhidos?
Em qual coração?!
A festa não comporta escuridão.
Há dança, bebida, festejos.
O Reino de Deus é vastidão,
Igualdade!
É alegre como a cidade:
Barulho profundo e forte.
Um convite à vivacidade.
Nova Sorte! Alguns, porém, preferem a morte,
Não querem ser escolhidos.
Fecham-se ao barulho forte,
Se repugnam! Do banquete não se aproximam.
Preferem o isolamento,
Odeiam os que se fascinam
Com a alegre festa! Pobre, rico, todas as gentes.
Todos fomos convidados.
Deus quer nos ver sorridentes,
Acalentados!
Ele é Pai, sem ser soldado,
Acaricia, cuida e amamenta.
É pureza, amor doado.
Deus é também solidão! Fecha a boca, porém abre o coração,
Qual mãe paparicadora,
Canta-nos uma canção.
Em seu colo adormecemos. N
ele vemos-nos meninos(a)
Em companhia do sono,
Do Espírito que pedimos,
Antes de adormecer. E os três permanecem conosco.
Até o dia amanhecer....