13. Chegar a Deus

 

Num poema, que transcrevemos abaixo, há algum sinal de esperança. Mas só o entenderá aquele que tiverolhos, coração e desejo de poeta. Aliás, já que as rosas não falam, podem escutar a linguagem da poesia.

Assim, nossos espinhos poderão ferir menos. E, quem sabe, aprenderemos a celebrar a vida brindando o amor. Ir à festa na certeza de que fomos convidados, escolhidos, amados e desejados... 

(Inspirado no texto de São Mateus, capítulo 22, versículo do 1 ao 14) 

 Quem, de fato, é escolhido?

Religioso, ateu, pobre?

Onde serão acolhidos?

Em qual coração?! 

A festa não comporta escuridão.

Há dança, bebida, festejos.

O Reino de Deus é vastidão,

Igualdade! 

É alegre como a cidade:

Barulho profundo e forte.

Um convite à vivacidade.

Nova Sorte!  Alguns, porém, preferem a morte,

Não querem ser escolhidos.

Fecham-se ao barulho forte,

Se repugnam!  Do banquete não se aproximam.

Preferem o isolamento,

Odeiam os que se fascinam

Com a alegre festa!  Pobre, rico, todas as gentes.

Todos fomos convidados.

Deus quer nos ver sorridentes,

Acalentados!

  Ele é Pai, sem ser soldado,

Acaricia, cuida e amamenta.

É pureza, amor doado.

Deus é também solidão!  Fecha a boca, porém abre o coração,

Qual mãe paparicadora,

Canta-nos uma canção.

Em seu colo adormecemos.  N

ele vemos-nos meninos(a)

Em companhia do sono,

Do Espírito que pedimos,

Antes de adormecer.  E os três permanecem conosco.

Até o dia amanhecer....