Poeta
Não sou poeta, mas sou ditoso.
Um saudoso,
Aquele que já morreu.
No entanto, que não viveu!
Existiu!
Assim teço meus dias sem fadiga
Numa constante partida
Em busca desse outro ´eu`,
Suspeitoso,
Exitoso e saudoso
Da vida que não viveu.
Entretanto, saboreei uma pura felicidade,
Sem idade,
Com uma suave maldade...
Sem ser daquele viver hebreu
Sem ter ´eu`,
Porém, com suave breu.